INOVAÇÃO DISRUPTIVA

INOVAÇÃO DISRUPTIVA

A inovação é o que impulsiona a maioria das mudanças no mundo, podendo ajudar ou prejudicar grandes líderes de mercado. Conseguir diferenciar características desestabilizadoras, de qualidades sustentadoras é o grande desafio das organizações. Foi justamente visando decifrar esse enigma que Clay Christensen desenvolveu sua teoria da inovação.


Muitos pesquisadores iniciam seus estudos sobre novas tecnologias, com a tese de “destruição criativa” de Joseph Schumpeter, que sugere que este processo leva a novos produtos e tecnologias, às custas do que foi criado antes. Um bom exemplo, foram as fabricas de maquinas de escrever que foram “destruídas” com a vinda dos computadores. Entretanto, nem todo inovação leva à destruição criativa.


Christensen estendeu este conceito propondo a ideia de que algumas inovações são desestabilizadoras. Elas afetam profundamente o setor, mas por conta da demora das empresas em reagir diante dessas novas tecnologias. Tendo como exemplo o caso da Kodak, líder no mercado fotográfico que foi aniquilada, dando lugar para empresas que criam, compartilham e manipulam fotos como o Instagram.


Em geral, os lideres sabem dessas inovações, mas como inicialmente não representam grandes riscos, ficam acomodados na velha maneira de fazer negócios. Por sua vez, as novas empresas entram no mercado apostando tudo o que tem, identificando novos serviços e aos poucos conquistando o mercado, até se tornarem “boas o suficiente” para competir de igual para igual com as marcas existentes. Quando estas por fim se dão conta da ameaça, costuma ser tarde demais para reagir.


Já uma inovação sustentadora, não gera novos mercados, mas ajuda os existentes a evoluir, oferecendo um valor melhor e possibilitando às empresas que atuam no mercado, concorrer com base nas melhorias sustentadoras umas das outras. Fácil imaginar o setor bancário se desestabilizando com a inovação das transações eletrônicas certo? Mas tal avanço na verdade ajudou a sustentar os líderes do mercado.


Separamos 3 dicas para não ser pego desprevenido e correr o risco do seu negócio ficar para trás diante de tantas inovações:


• Fique de olho nas tecnologias emergentes: Na maioria dos setores, há novas tecnologias borbulhando o tempo todo e você precisa ficar de olho nelas. Por mais que muitas não tenham uso comercial, algumas podem ter potencial para ser inovadora, sendo necessário observa-las com muita atenção. Uma boa ideia é comprar pequenas participações dessas empresas, investindo em sua área de pesquisa e desenvolvimento.


• Monitore a trajetória de crescimento da inovação: Ao identificar uma inovação que esteja gerando um novo mercado ou sendo vendida a clientes do

segmento inferior, é importante monitorar o sucesso dela. Algumas inovações nunca conseguem sair deste segmento, mas outras evoluem e sobem no mercado para atender às necessidades de clientes mais sofisticados. Essas são inovações potencialmente disruptivas.


• Crie uma unidade de negócios exclusiva para a inovação disruptiva: Se a inovação parecer uma ameaça, a melhor maneira de reagir é criar uma unidade de negócios que se encarregue exclusivamente dessa oportunidade. Tendo chance de agir como uma startup. Caso obtenha sucesso, você pode começar a pensar em como vincular suas atividades ao restante da empresa.


O conceito de inovação disruptiva é ao mesmo tempo importante e assustador. Você precisa ficar atento à possibilidade de disrupção do mercado, mas não deve presumir que todas essas inovações vão evoluir e acabar prejudicando seu negócio. O importante é não cair na armadilha de ignora-las

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